
FESTAS DO SENHOR SANTO CRISTO DOS MILAGRES
Reportagem: Agostinho Bairos - 2019MAIO26
Fotos: Claudia Angélica Moniz.
Fotos: Tony Soares / Fátima Sousa (CSPV)
Uma vez mais, e pela 27ª vez, a paróquia da Imaculada Conceição, igreja dos portugueses em Winnipeg, celebrou as tradicionais festas em honra do Senhor Santo Cristo dos Milagres.
Esta devoção que teve início na ilha de São Miguel, Açores, com a primeira procissão a 13 de Abril de 1700, foi levada pelos emigrantes dessa ilha para várias partes do mundo, onde se radicaram.
A Comissão organizadora, presidida há já alguns anos pelo Sr. José Benjamim, natural da Bretanha, São Miguel, contou com a ajuda de vários casais que ano após ano dão o seu todo para garantir que as celebrações continuam a ser genuínas e a atrair os devotos do Senhor Santo Cristo.
Este ano o pregador convidado foi o Rev. Padre Eduardo dos Santos, natural de Porto Alegre no sul do Brasil e, presentemente, pároco da Igreja de Nossa Senhora de Fátima em Vitória, BC. Durante os tríduos que decorreram na Quarta, Quinta e Sexta [22, 23 2 24 de maio] a mensagem principal foi a última advertência de Jesus “ Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado”. O sermão da festa foi sobre a missão de todo o cristão de viver e anunciar a mensagem de Jesus.
Felizmente o dia estava lindo e a procissão, logo após a Missa Solene que principiou à uma da tarde, contou com um grande número de pessoas que incorporou e seguiu a Imagem do Senhor Santo Cristo pelas ruas da cidade vizinhas da Igreja da Imaculada ao som da Banda Lira de Fátima que interpretou vários números de teor religioso. Houve muito respeito e o devido silêncio.
Foi interessante e, ao mesmo tempo, comovedor ver como tantas crianças tomaram parte trajando de anjos e de santos, donzelas ostentando as insígnias do Senhor Santo Cristo e meninos segurando estandartes com frases bíblicas. A Associação Portuguesa, a Casa do Minho e o Centro Cultural Açoreano fizeram-se representar e os seus trajes folclóricos deram cor e brilho ao cortejo. Os Cavaleiros de Colombo, a Liga dos Combatentes com os seus estandartes/bandeiras, a Comunicação Social, os Romeiros, jovens com as capas negras dos estudantes e os vários grupos e movimentos da paróquia [Famílias do Coração de Jesus, Novo Cenáculo…] precediam o andor do Senhor Santo Cristo todo ornado de flores, como manda a tradição. O cônsul de Portugal em Manitoba, Senhor Paulo Cabral e esposa também incorporaram na procissão.
Seguindo o andor iam os sacerdotes ladeados pela Guarda de Honra dos Cavaleiros de Colombo, as pessoas que haviam feito promessas, alguns membros da Comissão fundadora das Festas e os da Comissão atual, a Banda Lira de Fátima e, por fim, um grande número de devotos.
Tanto na Igreja durante as celebrações Eucarísticas, como na procissão, sentimos a falta de tantos familiares e amigos que, religiosamente, costumavam a tomar parte nestas festas mas que agora se encontram com o verdadeiro Senhor Santo Cristo na pátria celeste. Decerto que lá intercedem por nós para que continuemos fiéis à nossa fé e tradições.